25 de abril de 2013

Apólice popular pode reduzir prêmio em 30%


Fonte: Valor Econômico - Data: 24.04.2013


 A Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenaseg) calcula que proprietários de 20 milhões de veículos no país possuem seguro particular. Uma nova regulamentação, que prevê a criação do seguro popular, tem potencial para agregar outros 20 milhões de veículos ao mercado e dar fôlego novo às seguradoras de automóveis. A expectativa na Superintendência de Seguros Privados (Susep) é que as novas regras, que estão em fase de aprovação no Conselho Diretor da entidade, entrem em vigor no segundo semestre.

O seguro popular deve permitir ao consumidor escolher o que pretende segurar, só roubo ou apenas colisões, por exemplo, o valor da cobertura e ainda permitir a utilização de peças usadas nos reparos. Hoje apenas peças originais são permitidas em consertos pagos pelas seguradoras. Para não incentivar o mercado de peças roubadas, a ideia é criar um sistema de rastreamento, com identificação das peças e formação de uma banco de dados nacional. A Fenaseg avalia que essas medidas podem baratear em até 30% o valor dos seguros. "Será a possibilidade de quem tem baixo poder aquisitivo adquirir seguro para seu bem", diz Neival Rodrigues Freitas, diretor-executivo da federação.

Hoje, entre os carros novos, 80% possuem seguro, mas essa média cai a cada ano de uso do veículo, chegando a menos de 20% a frota segurada com cinco anos de vida. O motivo é simples: o carro se desvaloriza com o tempo, mas o custo da manutenção, com peças novas, não, tornando o valor do seguro desproporcional ao patrimônio. "Um desafio do mercado segurador é conquistar o cliente do carro usado", diz Jabis Alexandre, diretor geral de seguros de automóveis da BB Mapfre.

O seguro popular pode representar um impulso nas vendas e chegaria em boa hora. Em 2012, o mercado cresceu 15,9%, fechando o ano com R$ 24,75 bilhões em prêmios emitidos. A Fenaseg projeta crescimento de 12% para 2013. Mas esse crescimento ocorre mais pelo aumento de preços do que pela conquista de novos clientes.

Segundo o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP) Mário Sérgio de Almeida Santos, apenas no primeiro trimestre de 2013 os valores foram reajustados em 7% em média, sendo que o seguro de alguns modelos mais visados em roubos e furtos, como o Gol, os aumentos superam 30%. Freitas, da Fenaseg. diz que em 2012 o número de carros roubados e furtados cresceu 9%, repercutindo no preço dos prêmios.

O encarecimento dos seguros também busca compensar as perdas sofridas no mercado financeiro, após a queda nas taxas de juros. Elad Victor Revi, analista da corretora Spinelli, diz que a margem de lucro das seguradoras, que girava em torno de 12%, foi reduzida para menos da metade no último ano.

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