15 de dezembro de 2010

Roubo de carros cai, mas seguro em regiões com UPPs não fica mais barato

Fonte: O Globo - Data: 14.12.2010

Os cariocas que vivem em regiões com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) - e que registram quedas significativas no número de roubos de veículos, de acordo com estatísticas do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP) - ainda não sentiram este alívio no bolso na hora de renovar os seguros de seus carros. Especialistas do setor argumentam que possíveis descontos nas apólices só devem ser sentidos a longo prazo. Segundo o ISP, de janeiro a setembro deste ano os roubos de veículos em todo o Rio recuaram 20,54%. Só na área do 23 BPM (Leblon), que reúne bairros como Jardim Botânico e Lagoa, a queda foi de 66,24%. No subúrbio da Leopoldina, área do Batalhão de Olaria - onde fica o Complexo do Alemão - também houve recuo: 17,12%. Mas, segundo os corretores, as estatísticas oficiais pouco influenciam o cálculo das seguradoras. - As seguradoras têm suas próprias estatísticas, com base nos 30% dos automóveis que têm seguros no Brasil - diz Luiz Pomarole, da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Para o presidente do Clube dos Corretores de Seguro do Rio de Janeiro, Amílcar Vianna, ainda é cedo para fazer qualquer projeção entre UPPs e queda no valor dos seguros. - O custo de mão de obra tem subido, assim como o valor das peças automotivas. Há diversas variáveis que influenciam no preço do seguro. Então é prematuro afirmar que haverá queda de preço para os segurados que moram em regiões com UPPs - afirma Vianna. O CEP conta, e muito, para a definição do preço final. Um morador de Bonsucesso, Ramos, Olaria e Penha paga até 300% a mais do que um morador da Zona Sul que tenha o mesmo carro, embora haja uma determinação da Superintendência de Seguros Privados (Susep) para que as seguradoras trabalhem sem discriminação de endereço. Segundo cálculos feito por um corretor a pedido do GLOBO, um jovem de 28 anos, morador do Méier, solteiro, dono de um Novo Ford Ka 1.0 flex, oito válvulas, e com vaga na garagem, paga R$ 2.300 por ano. Um morador com o mesmo perfil em Ipanema gasta R$ 1.600 por ano, 30,4% menos. Já um homem casado, de 50 anos, dono de um Fiesta Sedan 1.6 ano 2009, sem vaga na garagem, chega a pagar R$ 3.721 em Irajá, valor 291,7% acima do pago no Flamengo, de R$ 950. Esta mesma pessoa, se tivesse um Gol zero quilômetro, pagaria R$ 4.500 se vivesse na Penha, 309% a mais que o morador do Leme, que gastaria R$ 1.100.
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