14 de julho de 2006

Aumento de sinistros e inflação faz seguro de carro subir 30%

Fonte: Jornal da Paraíba - Data: 14.07.2006
JEAN GREGÓRIO

O seguro de automóvel subiu até 30% neste ano, segundo informou o Sindicato dos Corretores de Seguro da Paraíba. O aumento do índice de sinistros (roubos, furtos e acidentes) e da inflação do ano passado foram os responsáveis pelo reajuste médio entre as seguradoras. Carros importados e “populares” (Uno e Gol) têm mais desvantagens na relação de custo/benefício no preço final do seguro. Os primeiros pelas peças caras e mão-de-obra especializada e os outros por serem visados por ladrões.

O vice-presidente do Sindicato dos Corretores de Seguro, Geraldo Pedrosa, disse que outro fator que contribuiu para a elevação das apólices dos automóveis foi o faturamento das empresas de seguros em 2005. “Como o lucro não foi considerado razoável pelas companhias seguradoras no ano passado, elas reavaliaram os custos, principalmente de sinistralidade, e aplicaram nos valores deste ano”, explicou.

Ele disse que são diversos os fatores que contribuem na formação final do preço da apólice. A marca e o ano do carro são apenas dois deles, mas fatores como o perfil do condutor (idade, sexo e estado civil) e o índice de sinistralidade do veículo na região são decisivos para o preço final do seguro. Outros fatores como o histórico do condutor e o custo de peças de reposição e da mão-de-obra dos carros influenciam no preço final dos seguros.

Um bom histórico também ajuda a reduzir o valor das apólices com bônus e descontos. Os proprietários podem tirar vantagens com os prêmios, como são chamados os bônus para os proprietários que não sofreram nenhum acidente no período do contrato. “Se ele não colidir, a cada renovação, o proprietário tem um desconto anual de 5%, sendo o primeiro bônus de 10% e o teto de até 40%”, ressaltou Pedrosa. Esse bônus é transferido em caso de compra ou troca de outro automóvel.

Um levantamento realizado junto a uma companhia de seguros de João Pessoa revelou que um seguro do Uno básico (2005), com perfil adulto (35 anos e casado) custa à vista R$ 1.624. Com o mesmo perfil, o Celta custa à vista R$ 1.326, uma diferença de 22,4%. O preço da franquia é comum para as duas marcas R$ 685. Mas se o seguro do mesmo Celta fosse contratado por um condutor de perfil jovem (23 anos e solteiro), o seguro ficaria 50% mais caro (R$ 1.991). Nesses três casos, o valor para perdas materiais e danos morais de terceiros é de até R$ 25 mil. “Um motorista acima de 35 anos casado tem uma redução 30% em média no valor de seguro do que um jovem solteiro (18 a 25 anos)”, revelou Geraldo Pedrosa, ao acrescentar que as seguradoras levam em consideração o risco dos veículos na mão do condutor. “Os jovens são mais propensos a acidentes e a perderem veículos nas saídas à noite, apesar de acharem que nada vai acontecer com eles”, avaliou. Na prática, quanto maior a idade do condutor menor será o seguro. Já os carros com idade superior a cinco anos, ficam mais caros. Para as mulheres, os preços dos seguros são menores, devido ao baixo índice de acidentes e de serem mais cautelosas.


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