30 de julho de 2005

Metade dos rastreadores de carros está irregular

Fonte: LUCAS LITVAY da Folha de S.Paulo 24/07/2005

Vendidos como uma das melhores armas contra roubos e furtos, os rastreadores veiculares podem ser uma armadilha. O setor estima que 35 das 70 empresas que atuam no Brasil ofereçam equipamentos de monitoramento por satélite sem a homologação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Segundo o supervisor de radiofreqüência e fiscalização do órgão estatal, Edílson Ribeiro dos Santos, todos os equipamentos que operam por radiofreqüência devem obter a certificação. Depois, precisam ser homologados pela Anatel, de acordo com a legislação que regulamenta o setor de telecomunicação móvel.

"Todas as companhias sérias e competentes sabem dessa lei e têm seus produtos homologados", afirma Rodrigo Farias, gerente comercial da Skytrack, empresa certificada pela Anatel. Segundo ele, outras preferem não se enquadrar na legislação porque a falta do certificado da agência não impede contratos com as seguradoras, tidas como o "filé mignon" do setor de segurança.

A Fenaseg (federação nacional das seguradoras) diz que não é sua responsabilidade fiscalizar as decisões de cada empresa. Mas, informada da denúncia, declarou que o assunto será debatido.

Orçamento

Para o presidente da empresa certificada Crown Telecom, José Antônio Pereira Júnior, pagar R$ 30 mil pela homologação é fator determinante para as companhias não procurarem a Anatel. "Nesse mercado, o que não falta são empresas pequenas que sentem o valor nos balancetes."

Segundo Pereira Júnior, o consumidor corre um grande risco ao comprar um equipamento não-legalizado, além de perder a garantia de fábrica. "O carro pode ter problemas elétricos e até princípio de incêndio", enumera.

Para Farias, da Skytrack, adquirir um produto de monitoramento sem o certificado é como comprar a maioria dos DVDs da rua 25 de Março (região de São Paulo conhecida por vender produtos pirateados). "O aparelho pode nem encontrar o veículo."

"Tenho centenas de clientes que estão traumatizados. Eles já tiveram problemas com rastreadores que não funcionavam e que não tinham nenhuma certificação", diz um empresário do setor que pediu para não ser identificado.

A homologação do equipamento na Anatel e no Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), segundo ele, é a garantia de qualidade. "Às vezes, pagar menos não é o melhor negócio."

A certificação dos aparelhos nos órgãos independe de ordem, diz Farias. "Nos testes, a Anatel priorizará o funcionamento de comunicação, enquanto o Cesvi focará o funcionamento do aparelho." Segundo Ricardo Imperatriz, diretor de negócios da empresa JaburSat, certificada, a homologação pode sair em até seis meses.

Procurado pela Folha, o Sindirisco (Sindicato Nacional das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento) informou que tem conhecimento da legislação dos aparelhos de radiofreqüência, mas que não é obrigação dele regular o setor.

28 de julho de 2005

Ladrões de laptop se infiltram em eventos

Fonte: Folha de S.Paulo - 28/07/2005

Uma nova modalidade de furto de laptops foi detectada recentemente pela polícia de São Paulo. Em vez da violência do assalto, alguns ladrões têm se aproveitado da distração de executivos durante convenções nos hotéis da área empresarial da zona sul.

"Já tivemos casos em vários hotéis. Um dos que não foram solucionados foi o furto de quatro notebooks durante o horário de almoço da palestra", contou Aldo Galiano Junior, delegado titular da 2ª Seccional Sul.

"Para chegarmos aos ladrões, as câmeras é que têm ajudado. Mas, no caso desse hotel, não foi possível identificar quem furtou."

No hotel --localizado em frente ao 96º Distrito Policial, na avenida Luís Carlos Berrini, zona sul--, algumas medidas de segurança foram tomadas. De acordo com uma funcionária, os seguranças passaram a permanecer nas salas onde acontecem as palestras durante o período de ausência dos executivos.

"Mesmo assim, não tem muito o que fazer. Colocamos câmeras, seguranças, mas os ladrões vêm de terno e gravata e podem se passar por um participante da convenção", disse.

De acordo com Galiano, as ocorrências aumentaram de 39 no bimestre maio/junho para 43 em julho. O número de roubos caiu, enquanto o de furtos subiu: foram 19 roubos e 20 furtos em maio/junho contra 11 roubos e 32 furtos em julho.

Esses dados se referem à área de cinco distritos policiais, na parte nobre da zona sul.

O delegado afirma que os roubos com armas acontecem geralmente nas grandes vias, como a marginal Pinheiros e as avenidas Luís Carlos Berrini, Santo Amaro e Morumbi. "A técnica que os ladrões usam é a de colocar um olheiro. Quando ele identifica um executivo com laptop, telefona para um motoqueiro informando a placa e a descrição do carro."

"Já o furto é mais fácil. Basta o ladrão identificar o aparelho e o executivo se descuidar, deixando o notebook no banco do carro ou à mostra num hotel", contou.

"O furto de laptops é mais rentável que o roubo. No roubo, tem que ter um olheiro e um ou dois motoqueiros com armas. Quem furta está sozinho." Galiano conta que, em média, os laptops roubados são revendidos por valores entre R$ 1.000 e R$ 1.500.

De acordo com Galiano, é na sexta-feira que acontecem 75% das ocorrências de roubo e furto de notebooks.

"É o dia em que o executivo pega o equipamento e leva para casa para trabalhar no final de semana. Nos outros dias ele costuma deixa o computador no armário, no cofre", explicou o delegado.

Veja quanto custa o seguro de notebook
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25 de julho de 2005

Licenciamento de veículo: Motorista não precisa quitar multas para pagar IPVA

Data: 25.07.2005 - Fonte: Consultor Jurídico

A motorista Carla Regina Ferreira assegurou, na 3ª Câmara Cível do ATribunal de Justiça de Goiás, o direito de licenciar seu carro e pagar o IPVA sem ter de quitar multas pendentes. Ainda cabe recurso.O relator do caso, desembargador Felipe Batista Cordeiro, observou que o diretor do Detran ? Departamento Estadual de Trânsito praticou ato abusivo ao vincular o licenciamento e o pagamento do imposto ao recolhimento de multas, sem dar oportunidade de a motorista recorrer. ?Portanto, agiu com abuso de poder ou ilegalidade extrapolando os limites do seu poder de decisão?, concluiu o relator.A motorista alegou que não foi devidamente notificada das multas e que o diretor do Detran feriu seu direito de defesa quando condicionou o licenciamento ao pagamento das infrações. A informação é do Tribunal de Justiça de Goiás.Leia a ementa do acórdãoDuplo Grau de Jurisdição. Mandado de Segurança. Licenciamento Veículo. É ilegal condicionar a renovação de licença de veículo ao pagamento de multa, da qual o infrator não foi notificado (Súmula 127 STJ) ou quando essa notificação deu-se de forma irregular. Sentença mantida.Processo 2005.00194720

23 de julho de 2005

Novidade na renovação da carteira de habilitação.

Fonte: Site Real Seguros

De acordo com a Resolução 168/2004 do Conselho Nacional de Trânsito - em vigor desde o último dia 30 de Junho - todos os motoristas com habilitação anterior a Janeiro de 1998, deverão participar de forma obrigatória dos cursos de Direção Defensiva e Noções de Primeiros Socorros na renovação de sua carteira de habilitação.

Os cursos poderão ser realizados presencialmente nas auto-escolas autorizadas ou à distância. Neste último caso será obrigatória a realização de prova teórica aplicada no Detran.

A medida tem como objetivo reduzir o número de acidentes e mortes causados por acidentes de trânsito em todo o país.

Já implementaram a resolução os seguintes estados: AC, AL, AM, BA, CE, MA, MT, MS, PR, PE, RJ, RR, RO, RS, SC, SE , TO e DF. Os demais Estados, por motivos técnicos, terão a implementação da norma realizada nos próximos meses, conforme tabela abaixo:

Estado Resolução 168
PI 27 de junho
PB 1º de julho
ES 15 de julho
GO 22 de julho
MG 25 de julho
RN 20 de agosto
SP 5 de setembro
PR Janeiro de 2006
AP Não se posicionou formalmente


Acesse aqui conteúdo dos cursos:
Direção Defensiva* (arquivo PDF - 2.318 KB)
Noções de Primeiros Socorros* (arquivo PDF - 333 KB)

Mais informações:
Denatran - tel. (61) 3429-3349 / 9237 - www.denatran.gov.br

* Para visualizar esses arquivos é necessário que você tenha instalado em seu computador o programa Acrobat Reader. Caso você não possua esse programa, clique aqui para fazer o download.

19 de julho de 2005

Muitos motoristas não levam em conta o preço do seguro antes de decidir que carro comprar. Mas é bom prestar atenção

17/07/2005 -
Fonte Folha de S.Paulo

Muitos motoristas não levam em conta o preço do seguro antes de decidir que carro comprar. Mas é bom prestar atenção: a diferença do prêmio (valor pago à seguradora) entre o líder de vendas e o segundo colocado pode passar de R$ 10 mil, dinheiro suficiente para comprar um veículo melhor ou com motorização maior.

O Volkswagen Gol 1.0 --quanto mais vendido, maior o número de furtos e roubos-- pode exigir um prêmio de R$ 12.290,38 de um universitário de 18 anos que more na zona norte de São Paulo.

Em contrapartida, paga R$ 3.950,62 para fazer a mesma cobertura de um Fiat Palio com a Itaú Seguros. Com a diferença, é possível comprar 3.900 litros de gasolina.

Já uma aposentada de 70 anos que resida na zona sul tem um "lucro" de R$ 564,36 se assinar o contrato com a Real Seguros para ter a proteção de um Chevrolet Celta e não de um Fiat Mille. Pode parecer pouco, mas basta adicionar R$ 7,11 para pagar uma prestação do Celta financiado em 48 meses com entrada de R$ 6.700.

Quem for fã das picapes também deve preparar o bolso. O comprador de 18 anos dos Jardins (zona oeste da capital) de uma Mitsubishi L200 Sport, além de pagar R$ 87.355 pelo carro, terá de desembolsar R$ 21.492,42 na Porto Seguro. A Toyota Hilux, de R$ 78.223, fica protegida por R$ 13.109,90. Se for um presente por ter passado na faculdade, ele pode ser completado com três passagens para Nova York.

Exceção

Uma das raras exceções em que o seguro do segundo colocado é mais caro que o do primeiro é entre o Chevrolet Astra e o Volkswagen Golf, um dos prediletos dos ladrões. Preocupada com o possível afastamento dos clientes por esse motivo, a fábrica passou a oferecer um rastreador para os veículos novos, instalado na revenda. A SulAmérica também oferece o sistema, em comodato.

Mas isso não deixa satisfeito quem já tem um Golf. O professor universitário Artur Udelsmann não se conforma de ter um prêmio 71% maior em relação ao do ano passado, quando comprou um modelo zero-quilômetro. "O seguro custou-me R$ 2.650. Agora, com o carro usado e rodado, me pediram R$ 4.550."

Ele fez um acordo com a seguradora e fechou por R$ 4.400, mas já avisa: "No ano que vem, vou trocar meu carro por um Citroën C3. O seguro é de R$ 1.770". Os consumidores reclamam com razão. Uma executiva de 35 anos pode ter de arcar com R$ 11.680,21 para ter seu Golf 1.6 segurado.

A Citroën Xsara Picasso, em algumas cotações elaboradas a pedido da Folha, também tem o seguro mais barato que o da Chevrolet Zafira. Segundo a Itaú, a cobertura completa para um profissional liberal de 50 anos que more no Jabaquara (zona sul de São Paulo) sai por R$ 2.896,77 e R$ 4.062,22, respectivamente.

16 de julho de 2005

Especialista alerta clientes de seguros de automóveis

Data: 15.07.2005 - Fonte: Fenaseg

Carina Antonini

Clientes de seguros de automóveis devem fazer uma boa pesquisa antes de fechar o negócio. O alerta é do vice-presidente do Sindicato dos Corretores de São Paulo, Orlando Filipe de Golveia, ouvido no programa Bandeirantes Vai às Compras.

A variação de preço entre um plano e outro pode chegar a até R$ 4 mil. O resultado foi divulgado pela Pro Teste que analisou as nove maiores empresas de seguros. A pesquisa apontou que os principais fatores que determinam a diferença são o perfil do motorista e o modelo do veículo.

O vice-presidente do Sindicato dos Corretores de São Paulo, Orlando Filipe de Golveia, orienta o consumidor. Segundo a Pro Teste, nem sempre o menor preço é a melhor opção para o cliente, antes é preciso checar as exclusões e coberturas do plano.

15 de julho de 2005

Reajuste de planos de saúde

Data: 15.07.2005 - Fonte: Gazeta Mercantil

É preciso reinventar o modelo de assistência à saúde. Por vezes me coloco na condição do consumidor, que ano após ano vive a mesma novela, cujos capítulos são tão eletrizantes quanto a elucidação do assassinato de Odete Reutman... a polêmica dos reajustes dos planos de saúde.

São tantos índices: pós-lei, anteriores à lei, adaptação, migração, adequação, TAC (Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta).

O consumidor se vê bombardeado por inúmeras informações, liminar pra cá, suspende o TAC, é inconstitucional o reajuste, cai liminar.

Já há algum tempo a inocência do consumidor deu lugar à indignação e à busca de seus direitos. Mas quais direitos? Não seria o contrário? Acredito não estar longe o dia de vermos as ações serem impetradas pelas operadoras de saúde, as quais definitivamente se verão em condições de insolvência financeira frente os índices autorizados pela Agência (ANS).

Fico me perguntando se o setor suportará o mesmo índice para todas as empresas, ação esta que coloca na mesma `panela` seguradoras com mais de um milhão de usuários e aquelas com menos de cem mil vidas, medicinas de grupo e cooperativas médicas da mesma forma.

Como consumidor, acredito ser o índice de reajuste autorizado para cada empresa um grande indicativo de sua saúde financeira ? sem nenhum trocadilho.

Afinal, me sentiria mais confortável tendo uma empresa que precisasse efetivamente de um reajuste de um dígito do que aquela que, por questão de sobrevivência, fosse autorizada a praticar vinte por cento, por exemplo. Entendo que a adequação do cliente aos preços praticados, então, se daria como uma prática natural de mercado.

Talvez o consumidor, como eu, ainda não tenha se dado conta de que não existe mais a oferta do produto seguro de saúde para o mercado de planos ditos individuais/familiares.

Exatamente, você que hoje se encontra empregado gozando do benefício seguro saúde oferecido por sua corporação, irá se deparar estarrecido quando de sua aposentadoria ou demissão, já que o produto similar não se encontra disponível no mercado para contratação de pessoa física. Foi extinto!

De um modo geral, as carteiras de seguro saúde individual estão minguando nas seguradoras. `Não temos mais interesse nesse mercado`, ouvi outro dia em conversa com um alto executivo de uma delas. Pudera, os reajustes concedidos aos planos de saúde, incluindo-se a modalidade seguro, são estabelecidos pela Agência (ANS) e trata-se de um mesmo índice para todo o mercado, já há anos. Não posso crer que o resultado operacional de todas as operadoras de saúde seja o mesmo, tampouco que a relação de despesas versus receitas, chamada de sinistralidade, nos planos individuais seja a mesma. Como pode então o reajuste seguir tal critério?

Temo sim por operadoras sufocadas, cujos reajustes não sejam suficientes, especialmente aquelas cuja carteira se constitua eminentemente de planos individuais ? as quais sobreviverão por mais um exercício com 11,75% de reajuste. Pergunto-me se a aplicação do índice apurado de cada uma delas não traduziria ao mercado maior transparência; afinal, nem todas apresentam balanço e o consumidor necessita de indicadores para balizar esta relação de consumo ? que particularmente gosto de chamar de relação de confiança: escolher a empresa na qual depositarei anos de contribuições para ser atendido quando a saúde estiver debilitada. É muito mais do que comprar um bem ou serviço ou verificar se cláusulas estão sendo cumprido. É muito mais.

Não vejo a novela caminhando para os capítulos finais, muito menos vejo um mercado se estabilizando, aliás, o que não falta é choradeira. Todos reclamam sob sua ótica: operadoras, prestadores, médicos e clientes, especialmente os clientes. Afinal, isto é democracia.

É ter o direito de falar, questionar, reivindicar, apurar, reajustar, se negar a pagar, ver que não tem alternativa, voltar e pagar; mas o que precisamos mesmo é reinventar. Reinventar um novo modelo de assistência à saúde.




11 de julho de 2005

Ranking de reclamações da ANS

Data: 11.07.2005 - Fonte: ANS

Grupo Saúde ABC é o campeão de reclamações na Agência Nacional de Saúde (ANS). Os dados de maio indicam que a empresa lidera entre as operadoras com mais de 50 mil clientes. Na seqüência vêm a Rio Med Assistência Médica, a Cooperativa de Usuários de Serviços e Sistemas de Saúde (Coopus), a Unimed São Gonçalo e a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste.

A situação da Saúde ABC nos rankings da ANS não é das mais confortáveis. Desde o começo do ano a empresa aparece sempre entre as mais reclamadas. Em janeiro e fevereiro ocupou a liderança. Em março e abril ficou no segundo lugar e, em maio, voltou a liderar a lista negra. O quadro é ainda pior se considerados os números da São Camilo Assistência Médica (10º no ranking de maio), que também pertence ao grupo.

PROBLEMAS

As dificuldades enfrentadas pela Saúde ABC não param no campo das reclamações. No ano passado, a empresa registrou prejuízo contábil de R$ 9,5 milhões. Mesmo assim foi autorizada a comprar a carteira de clientes da Interclínicas, liquidada extrajudicialmente. Por parte dos consumidores, a maior parte das reclamações refere-se ao fim do convênio com importantes hospitais e laboratórios que antes faziam parte da rede credenciada pela Interclínicas como o Albert Einstein e o Fleury. Recentemente, por falta de pagamento, hospitais como o Sírio Libanês, Hospital do Coração e Incor pararam de atender clientes da Saúde São Paulo (novo nome da Interclínicas).

6 de julho de 2005

Opção pelo regime tributário pode ser feita até dezembro

Data: 05.07.2005 - Fonte: Gazeta Mercantil

Os participantes de planos de previdência complementar vão ter até 30 de dezembro para optar pelo regime tributário que querem adotar para suas aplicações, conforme a Medida Provisória 255, publicada ontem, no Diário Oficial da União. A MP foi resultado de um árduo esforço dos representantes do setor junto ao governo, que conseguiram incluir na medida, inclusive, um prazo maior de opção também quem faz planos novos.

Pela lei 11.053, que criou o novo regime tributário, quem fizesse um plano a partir de janeiro deste ano teria que escolher no ato o regime tributário. Na MP 255, foi incluído um artigo que dá para quem fizer um novo plano de pensão um mês para decidir. O presidente da Anapp, Osvaldo do Nascimento, considera a medida extremamente positiva. "Com a iniciativa, o governo não somente atende os apelos do setor mas também prestigia mais de 13 milhões de cidadãos brasileiros que participam destes fundos". disse.

3 de julho de 2005

Se você acha o seu seguro caro, veja como ele é calculado

Fonte: AUTOSHOW


Você acha o preço do seguro do seu veículo caro? O site AutoShow foi conferir de perto como as seguradoras chegam ao valor do seguro. Uma das maneiras é através do índice de reparabilidade e danabilidade dos veículos, quanto maior o índice, mais caro é o seguro. Para calcular esse número mágico, as seguradoras contam com o auxílio do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária), o primeiro centro de pesquisa em reparação a América Latina. Pela primeira vez, o Cesvi abriu seus estudos para a imprensa e mostrou como este sério trabalho que favorece o consumidor é feito.

Apesar do índice de reparabilidade e danabilidade só ser divulgado para as montadoras e seguradoras, o consumidor é favorecido indiretamente. As montadoras utilizam os dados para aperfeiçoar seus equipamentos e tentar chegar na equação ideal de custo benefício para o consumidor no caso de estrago de peças. Já as seguradoras usam os dados como uma das ferramentas de cálculo do prêmio do seguro.

Os estudos de reparabilidade de danabilidade começam com as medições de cada modelo. Após devidadamente estudado, o veículo vai para o crash test de reparabilidade. Segundo as normas da RCAR (Research Concil for Automobile Repair), o veículo deve colidir a 15 km/h (velocidade média das colisões que ocorrem em grandes cidades) a 45% off set na parte frontal esquerda em uma barreira indeformável de 32 toneladas. Já na traseira, o impacto é 40% off set em uma barreira móvel de 1 tonelada.

Após colidir, o veículo vai para a oficina modelo do Cesvi onde são vistoriados os seguintes itens: as peças que devem ser substituídas, o tempo e o custo envolvido nessas substituições, as peças que devem ser reparadas, o tempo e custo envolvido no reparo, o custo dos materiais e insumos de pintura utilizados. Com todos esses dados definidos, através de uma fórmula, chega-se no IR, índice de reparabilidade. Através desse índice, é possível traçar uma comparação entre concorrentes e veículos antecessores.

Apesar dos consumidores ainda não terem acesso a esse índice diretamente, eles são beneficiados indiretamente já que é no Cesvi que as montadoras tentam conseguir o melhor custo beneficio em manutenção e reparabilidade, item que sempre causa preocupação para o consumidor. Como esse índice também é uma das variáveis do preço do seguro, carro que tem maior índice de reparabilidade, conseqüentemente tem preço do seguro mais alto. O objetivo do Cesvi é divulgar esses números para o consumidor de uma forma simples. Como ocorre nos outros países, eles deverão desenvolver um ranking que demonstrará qual veiculo é mais ?caro de manutenção? e qual é mais barato. Uma informação que afeta a decisão de compra e portanto deve mexer na tabela de preços.

Ao analisar os estudos de reparabilidade feitos há sete anos pelo Cesvi é possível ver a evolução das carrocerias. Os modelos atuais, por exemplo, estão sendo construídos de forma que no caso de uma colisão, os danos sejam os menores possíveis. É possível conquistar isso através de equipamentos que foram desenvolvidos como os absorvedores de impacto (são feitos de isopor e ficam na parta interna do para-choque, sua substituição é simples, barata e impede que outras peças sejam danificadas), crash boxes (peças que absorvem a energia do impacto para poupar as longarinas) , front end (é usado no lugar no painel dianteiro, não tem função estrutural e é fixado por parafusos, o que permite fácil troca).

Para se ter uma idéia do que isso significa na prática, basta comparar os testes de reparabilidade entre os modelos Brava e Stilo, ambos da mesma marca, da mesma categoria. No teste, o Brava teve que substituir 25 peças após o impacto enquanto o Stilo substituiu apenas 10. Além disso, para substituir as peças do Stilo, o consumidor gasta 80% menos do que o Brava e a mão de obra também é 63% mais barata. Claro que esses dados se referem apenas a reparabilidade e não se pode afirmar nada em termos de segurança já que é apenas uma demonstração da evolução de uma carroceria da década de 90 para uma carroceria do ano 2000.

O intuito do Cesvi é divulgar ainda este ano uma lista dos veículos com menor índice de reparabilidade. Com isto, haverá uma verdadeira mudança na postura do consumidor. Afinal de contas, todos querem comprar um veículo com baixo custo de manutenção. Ao ter esses dados na mão, o consumidor passa ser o árbitro da negociação forçando as montadoras a melhorarem as soluções de manutenção e baixando conseqüentemente o preço do seguro. Segundo os técnicos do Cesvi, atingir um índice de reparabilidade baixo pode significar em um abatimento de até 40% no preço do seguro.